A Rússia ganhou US$ 98 bilhões com as exportações de combustíveis fósseis durante os primeiros 100 dias de sua invasão da Ucrânia, de acordo com um relatório independente publicado na segunda-feira.
Mais de 60% das exportações de combustível no valor de US$ 60 bilhões foram enviadas para a União Européia, informou o Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (CREA), com sede na Finlândia. A Alemanha comprou US$ 12,7 bilhões em combustível russo, enquanto a Itália gastou US$ 8,1 bilhões nele. A China se tornou o principal importador, pagando a Moscou quase US$ 13,2 bilhões.
China, Alemanha e Itália são os principais importadores
As receitas de combustíveis fósseis da Rússia excedem suas vendas de petróleo bruto, que chegam a US$ 46 bilhões. Embora a UE tenha concordado em reduzir suas importações de petróleo da Rússia e cortar os embarques de gás em dois terços até o final de 2022, eles lutaram para aprovar um embargo total de petróleo.
Apesar dos apelos do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para cortar todo o comércio com a Rússia para prejudicar a capacidade do Kremlin de financiar a guerra, alguns países aumentaram suas compras de gás natural liquefeito (GNL) de Moscou.
“Como a UE está considerando sanções mais rígidas contra a Rússia, a França aumentou suas importações para se tornar o maior comprador de GNL do mundo”, disse Lauri Myllyvirta, analista do CREA, acrescentando que a maioria das compras não são compromissos de longo prazo, mas contratos recentes feitos. durante a invasão russa da Ucrânia.
China, Índia e Emirados Árabes Unidos também adquiriram mais gás russo este ano, enquanto os preços médios de exportação do país ficaram 60% mais altos do que em 2021.
Embora as exportações da Rússia tenham diminuído em maio, após empresas ocidentais cortarem relações com Moscou por causa da guerra na Ucrânia, o aumento global dos preços dos combustíveis mantém as receitas de exportação da Rússia em níveis recordes.
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