Netanyahu: Israel seguirá em Gaza até o desarmamento do Hamas

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta sexta-feira (10) que as Forças de Defesa de Israel (IDF) permanecerão na Faixa de Gaza mesmo após o início do cessar-fogo firmado com o grupo islâmico Hamas.
De acordo com o líder israelense, a presença das tropas tem como objetivo pressionar o desarmamento total do Hamas e impedir que o grupo volte a representar uma ameaça militar.
“Se o desarmamento for alcançado de maneira fácil, que assim seja; se não, será pela maneira difícil”, declarou Netanyahu em comunicado oficial divulgado poucas horas após o início da trégua, às 6h (horário de Brasília).
Reposicionamento das tropas e libertação de reféns
Segundo o governo israelense, as forças estão sendo realocadas para as linhas de retirada acordadas dentro de Gaza, conforme os termos do cessar-fogo. Netanyahu também afirmou que todos os reféns israelenses devem retornar nos próximos dias.
O acordo, mediado no Egito, prevê que o Hamas terá três dias para libertar 48 reféns israelenses — sendo 20 vivos e 28 mortos. Em contrapartida, Israel vai libertar 250 prisioneiros palestinos condenados à prisão perpétua, além de 1.700 detidos após os ataques de 7 de outubro.
Fontes locais informaram que 11 prisioneiros do Hamas serão soltos ainda nesta primeira fase do acordo, com possibilidade de ampliação nos próximos dias.
Ajuda humanitária e presença internacional
O cessar-fogo também prevê o aumento da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, com monitoramento internacional.
Os Estados Unidos enviarão 200 militares para supervisionar a implementação do acordo, em conjunto com observadores do Egito, Catar, Turquia e Emirados Árabes Unidos. O objetivo é garantir a segurança e o fluxo de suprimentos para civis afetados pelo conflito.
Segundo agências internacionais, o presidente Donald Trump deve viajar ao Egito no domingo e visitar Israel nos dias seguintes para acompanhar o processo de libertação dos reféns.
Mensagem clara de Israel
Apesar do cessar-fogo, a posição de Netanyahu permanece firme: Israel não pretende retirar completamente suas forças até que o Hamas seja desarmado.
“Estamos cercando o Hamas por todos os lados em preparação para as próximas etapas do nosso plano”, afirmou o premiê.
O movimento indica que, mesmo em tempos de trégua, a tensão militar em Gaza continua alta — e o futuro do conflito ainda é incerto.
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