A Saab disse em um relatório de resultados nesta semana, afirmou que o Brasil iniciou negociações para comprar mais 26 caças Gripen E, como o comandante da Força Aérea, Brig. Gen. Carlos de Almeida Baptista Jr., disse há algumas semanas.
As discussões para o segundo lote já começaram e estão em andamento, disse o CEO da Saab, Micael Johansson, em uma teleconferência com investidores.
Esse número é projetado com base no planejamento baseado em capacidade (PBC), um estudo que define as capacidades existentes dentro da FAB e o que a agência pretende alcançar.
Em abril, a FAB anunciou a aquisição de mais quatro aeronaves Gripen, elevando para 40 o número de aeronaves adquiridas. O comandante da Aeronáutica explicou à época que a medida permitiu que a FAB iniciasse as pesquisas para o desdobramento do Gripen em outra base aérea, aguardando decisão do alto comando da agência.
O Brigadeiro também observou que 36 aeronaves é um número muito grande para uma base aérea, mas não o suficiente para duas bases aéreas. Portanto, a aquisição de mais quatro aeronaves, formando o primeiro lote de 40 caças, permitirá que o Gripen seja implantado em duas bases aéreas.
Baptista Júnior espera que um total de 66 caças Gripen E estejam em operação no Brasil no futuro. Esse número foi suficiente para tornar o caça sueco, com vários produzidos no Brasil, o principal porta-aviões de defesa aérea do país.
Contrato e recebimento dos primeiros caças Gripen
O contrato inicial inclui a compra de 36 aeronaves F-39E/F Gripen (anteriormente conhecidas como Gripen NG) construídas pela Saab da Suécia e Embraer do Brasil, incluindo 28 versões F-39E monopostos e oito F-39E e versão biplace. Assentos (este último adquirido exclusivamente pela FAB).
Tenente Brig. Baptista Jr. já havia falado sobre o estudo de um segundo lote de 30 caças, ressaltando que 36 aeronaves não serão suficientes.
A aeronave foi selecionada em dezembro de 2013 durante o governo da então Presidente Dilma Rousseff, tendo seu primeiro contrato, avaliado em 39.882.335.471,65 Coroas Suecas (R$ 20,101 bilhões na cotação atual), assinado em outubro de 2014.
O primeiro Gripen brasileiro, FAB 4100, foi entregue à Força Aérea em meados de 2019. A aeronave foi translada ao Brasil por via marítima a bordo do navio MV Elke, chegando ao país em setembro de 2020 após quase um mês de navegação.
Desde então o caça está no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Lá o avião, um modelo instrumentado e de pré-produção, é usado em testes e avaliações relacionados ao programa de desenvolvimento do Gripen, junto à Saab.
Esse trabalho faz parte da transferência de tecnologia adquirida pelo Governo junto dos aviões, a fim de aumentar as capacidades das indústrias de defesa e aeronáutica do país.
Cerimônia de incorporação
Durante a cerimônia alusiva aos 77 anos do Dia da Aviação de Caça, os dois novos caças Saab Gripen E da FAB, matrículas 4101 e 4102, foram oficialmente incorporados à instituição.
Estes são os primeiros Gripens de série da FAB e seu batismo – com garrafas de espumante azul pelas mãos de Bolsonaro, Baptista Jr. e outras autoridades presentes – marcam seu ingresso na Aviação de Caça Brasileira.
As aeronaves chegaram ao país no início de abril a bordo do cargueiro Marsgracht e estão passando pela etapa de certificação militar no GFTC, antecedendo sua transferência para o Esquadrão Jaguar e eventual entrada em serviço operacional.
A expectativa é de que a Força Aérea receba outros dois Gripens (4103 e 4104) ainda neste primeiro semestre e mais outros dois caças no segundo semestre.
Com informações de FlightGlobal and Aeroflap
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