A invasão da Polônia em 1939 foi um fato decisivo na Segunda Guerra Mundial e a vitória da guerra relâmpago (Blitzkrieg) alemã antes de um desafio maior contra as forças da França. A Alemanha possuía um exército recém modernizado e um parque industrial poderoso. A Polônia um exército menor, talvez subestimado por análises posteriores devido a rápida derrota e uma posição geográfica de grande risco: além do perigo nazista, a oeste a União Soviética era outro potencial inimigo a leste.
Muito se diz sobre a humilhação da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial e pouco se fala sobre as aprendizagens dos anos de guerra que geraram avanços tecnológicos. As táticas do século XIX ficaram para trás, novas tecnologias desenvolvidas a Grande Guerra e aperfeiçoadas para o que viria ser a Segunda Guerra Mundial. As tecnologias como os veículos blindados, aviões de combate com grande autonomia, comunicação por rádio e armas com cadências de tiros inimagináveis no passado agora estavam articuladas na estratégia da guerra relâmpago.
As divisões blindadas (Panzer) avançavam rapidamente pelo interior do território inimigo, com enorme poder de fogo ampliado pela ação de bombardeiros como o Stuka (Junkers Ju 87). Entretanto, o exército polonês resistiu, causou baixas e surpresas ao exército alemão.
Origens do conflito da invasão da Polônia
Na Conferência de Munique em setembro de 1938, franceses e ingleses, aceitaram que os nazistas ocupassem os Sudetas (área da Checoslováquia com alta população alemã). Isso mostrou para Hitler e Stalin que esses países não cumpririam suas promessas de defesa dos estados da Europa Oriental. O que fez com que ambos fizessem um pacto secreto de não-agressão, mesmo tendo ideologias inimigas. Já o discurso do primeiro-ministro britânico, Neville Chamberlain, era de essa concessão promoveria a paz em seu tempo. Grande engano! Em 15 de março de 1939 tropas alemãs ocuparam o resto da Checoslováquia e instalaram um estado fantoche.
Os pretextos para iniciar uma guerra contra a Polônia eram as perdas de territórios após a Primeira Guerra, com a separação da Prússia Oriental ao longo do corredor da Pomerânea e o porto báltico alemão transformado em cidade livre para uso dos polacos. Os nazistas queriam a devolução do porto e a construção de uma estrada extraterritorial. A Polônia negou.
O pacto de não-agressão anunciado ao mundo em 25 de agosto de 1939 pelos ministros Ribbentrop e Molotov. Hitler havia ordenado aos seus comandantes militares que a invasão começaria em 26 de agosto, mas após a Grã-Bretanha anunciar que ajudaria militarmente a Polônia houve hesitação. Houve uma tentativa diplomática de desacreditar o governo polonês e dar legitimidade as pretensões territoriais alemãs. O generais informaram que sua estratégia de guerra relâmpago corria risco caso perdessem o elemento surpresa.
A invasão começa as 4h00 da manhã quando o couraçado alemão Schleswig-Hostein (foto abaixo) bombardeia a guarnição polonesa de Westerplatte, perto de Danzig.
Continua…
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