Em um dos ataques mais simbólicos da guerra até agora, um drone ucraniano destruiu um dos bombardeiros mais poderosos e caros da frota russa: o Tupolev Tu-22M3, avaliado em aproximadamente 100 milhões de dólares. A ação foi confirmada pelo próprio comandante em chefe das Forças Armadas da Ucrânia, general Oleksandr Syrskyi, e representa mais um duro golpe na já pressionada aviação estratégica russa.
Um alvo estratégico
O Tu-22M3 é um bombardeiro de longo alcance com capacidade nuclear, projetado na era soviética para missões de ataque profundo. Com sua enorme autonomia e capacidade de carregar mísseis supersônicos como o Kh-22 e o Kh-32, ele ainda é peça-chave na campanha aérea russa contra a Ucrânia.
Um golpe em território inimigo
Segundo Syrskyi, a destruição do bombardeiro aconteceu após a aeronave pousar em uma base russa. O ataque pode ter feito parte de uma operação coordenada que atingiu três bases aéreas russas em 5 de abril, como relatado pela Inteligência de Defesa da Ucrânia (DIU).
Apesar de Moscou não confirmar diretamente o ataque ao Tu-22M3, fontes indicam que ele pode ter ocorrido fora do território ucraniano, demonstrando o alcance crescente da resistência de Kiev — e sua capacidade de atingir alvos de alto valor em solo inimigo.
Tecnologia x tradição
O uso de drones baratos e precisos contra aviões que custam centenas de milhões mostra um dos desequilíbrios mais marcantes dessa guerra: a tecnologia ágil da Ucrânia contra o poder de fogo clássico da Rússia. Não é a primeira vez que bombardeiros estratégicos russos são atingidos, mas esta foi uma das mais impactantes até o momento — tanto pela importância do avião quanto pelo simbolismo da operação.
Silêncio em Moscou, barulho no mundo
Como esperado, o Kremlin tem minimizado o episódio. Mas a repercussão internacional foi imediata. Especialistas ocidentais consideram que a perda de um Tu-22M3 vai além do impacto financeiro — ela compromete a moral, o planejamento estratégico e a imagem da superioridade aérea russa.
A guerra está mudando — e rápido
Este ataque mostra que, mesmo com recursos limitados, a Ucrânia consegue respostas criativas e letais. A guerra, cada vez mais assimétrica, agora se desenha também no campo da inovação tática — onde drones silenciosos podem falar mais alto que turbinas supersônicas.
Fonte: lb.ua.
Comentários